A Operação Trapaça da Polícia Federal que resultou na busca e apreensão de documentos, no anexo de secretarias da prefeitura de Ilhéus e na residência de secretários municipais, pode resultar na descoberta de possíveis novos crimes na gestão do prefeito Mário Alexandre (PSD) e do vice, Bebeto Galvão (PSB).
De acordo com a PF, a prefeitura contratou, sem licitação, uma empresa sem capacidade técnica e operacional para gerir o abrigo de campanha, em Mamoan, destinado ao acolhimento de pacientes infectados com o novo coronavírus.
A empresa recebeu mais de R$ 1 milhão e duzentos mil reais para administrar o suposto abrigo. Todo recurso repassado ao governo municipal é oriundo do governo federal, através do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
Federais na secretaria de gestão
Ainda conforme a Polícia Federal, todo paciente que recebia alta do suposto abrigo, após passar a quarentena de 15 dias, deveria receber um auxílio de R$ 500,00 e mais uma cesta básica, mas os benefícios em sua grande maioria não chegavam aos pacientes, levando a Controladoria-Geral da União (CGU), constatar superfaturamento de mais de 82% dos valores pagos.
Os envolvidos responderão pelos crimes de fraude à licitação, estelionato, corrupção passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.
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